Indígenas usam agroecologia para garantir a própria sobrevivência

Pesquisadores da Universidade Federal do Sul da Bahia baseiam-se em conhecimentos tradicionais e práticas de agricultura sustentável para formar agentes agroflorestais tikmũ’ũn, visando garantir a segurança alimentar dessa população e promover a restauração da Mata Atlântica.

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Um dos poucos povos indígenas brasileiros que ainda preservam sua língua, os tikmũ’ũn habitam um território demarcado no Vale do Mucuri, em Minas Gerais. Eles enfrentam problemas como a ameaça da fome e da falta de água potável, além do não reconhecimento de suas escolas pelas autoridades educacionais.

“Eles vivem esse contraste de ser um povo que tem uma riqueza cultural e uma consciência de si muito forte, mas que vive em condições ambientais, sanitárias e territoriais muito precárias”, afirma a musicista Rosângela Pereira de Tugny, coordenadora de um projeto desenvolvido na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) que forma agentes agroflorestais tikmũ’ũn em colaboração com outras instituições do Brasil e do exterior. A proposta é combinar conhecimentos tradicionais à prática da agricultura sustentável, visando garantir a segurança alimentar dessa população e promover o reflorestamento.

Saiba mais sobre a iniciativa no novo episódio do podcast Humanamente:

Sobre o projeto: 

O projeto “Cantar e curar a terra: construção de diretrizes pedagógicas para a formação de agentes agroflorestais tikmũ’ũn” foi contemplado na Chamada nº 40/2022, do Edital Pró-Humanidades do CNPq. 

Coordenadora: Rosângela Pereira de Tugny (UFSB)

 

Ficha técnica 

Roteiro e apresentação: Alessandra Ribeiro

Sonorização: Gilberto Vianna

Assistente de edição: Rodrigo de Oliveira Andrade

Edição executiva: Washington Castilhos

Coordenação geral: Luisa Massarani

Área de cultivo na Terra Indígena Maxakali Água Boa. Foto: Projeto Hãmhi