Quem são as pessoas que habitam os centros históricos brasileiros?

Pesquisadores querem traçar perfil dos moradores de áreas tombadas em 17 cidades do país

Webstories

A revitalização de centros históricos pode promover a elitização do espaço urbano e ampliar as desigualdades, muitas vezes forçando os mais pobres a se mudarem para áreas afastadas. Preocupados com essa realidade, pesquisadores do Laboratório de Estudos Urbanos e Culturais da Universidade Federal de Sergipe (UFS), e outras instituições do Brasil, estão investigando se e como essas intervenções alteram o cotidiano das pessoas que vivem nessas regiões.

“Muitas vezes, revitalizar áreas históricas significa transformar antigos casarões em bares e restaurantes inacessíveis às pessoas que habitam essas áreas. Normalmente, esses serviços são voltados para as classes média e média alta, de alto poder aquisitivo, que reocupam os centros históricos para consumi-los como mercadoria”, observa o cientista social Rogerio Proença de Sousa Leite, professor da UFS e coordenador do projeto.

As informações coletadas na pesquisa podem contribuir para a formulação de políticas públicas habitacionais direcionadas às áreas históricas.

Confira a webstory e saiba mais sobre a iniciativa.

 

Sobre o projeto:

O projeto “Habitar: centros históricos brasileiros em perspectiva comparada” foi aprovado na chamada nº 40/2022 do Edital Pró-Humanidades do CNPq. 

Coordenador: Rogerio Proença de Sousa Leite (UFS)

 

Ficha técnica

Texto e concepção: Alessandra Ribeiro

Assistente de edição: Rodrigo de Oliveira Andrade

Edição executiva: Washington Castilhos

Edição geral: Luisa Massarani

Pelourinho, no centro histórico de Salvador (BA). Foto: Leonardo Dourado/Pexels