Nova lógica do mercado de trabalho influencia formação escolar

Plataformização do ensino e precarização do trabalho estão causando impactos negativos para a escola pública, aponta estudo da UFSC

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As transformações no mundo do trabalho estão influenciando as reformas do currículo pedagógico e a organização das escolas públicas, gerando reflexos negativos para a formação dos alunos da educação básica e para o exercício profissional dos professores. É o que aponta um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizado em  seis escolas públicas de ensino fundamental, médio e EJA – Educação de Jovens e Adultos – de Florianópolis. 

A pesquisa constatou que os currículos escolares vêm privilegiando habilidades socioemocionais voltadas para o sucesso profissional e o empreendedorismo, reduzindo o espaço destinado à formação crítica e científica dos estudantes.

“As políticas educacionais e a escola estão sendo elaboradas para responder às exigências do novo mundo do trabalho, precarizado, flexível e sem vínculos. Um jovem que tem essa formação limitada vai ter muita dificuldade de ser aprovado numa universidade para, quem sabe, conseguir um trabalho qualificado”, alerta a pedagoga Célia Regina Vendramini, coordenadora da pesquisa.

Para saber mais sobre o estudo, confira o novo vídeo do canal Humanamente.

Sobre o projeto:

O projeto “A reconfiguração da escola diante das atuais transformações no mundo do trabalho” foi contemplado na chamada nº 40/2022, do Edital Pró-Humanidades do CNPq.

Coordenadora: Célia Regina Vendramini (UFSC)

Ficha técnica

Reportagem, edição e produção: Paulo Bellardi

Revisão e edição executiva: Washington Castilhos

Coordenação geral: Luisa Massarani