Como as favelas se organizam?

Comunidades situadas em quatro capitais brasileiras têm particularidades nas formas de organização social e ocupação do espaço, sugere estudo que reúne pesquisadores brasileiros e estrangeiros

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Na cidade do Rio de Janeiro, associações de bairro têm grande influência sobre as relações sociais estabelecidas nas favelas. Já em comunidades de Belém, no Pará, esse papel pode ser exercido pelas famílias, ao mesmo tempo que as condições naturais são um aspecto determinante para a ocupação dos territórios.

O modo de organização dessas e outras comunidades em quatro capitais brasileiras – Rio, Porto Alegre, Salvador e Belém – é foco de um estudo coordenado pelo pesquisador Alex Ferreira Magalhães, professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano Regional e diretor do Laboratório de Estudos das Transformações do Direito Urbanístico Brasileiro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

A partir de visitas de campo e do diálogo com lideranças e associações locais, os pesquisadores buscam compreender a complexidade das relações sociais e das características espaciais das comunidades urbanas nessas cidades. Eles esperam que essas informações orientem futuras decisões governamentais. 

“O Estado pode demorar muito a chegar nessas comunidades. Quando chega, faz isso de maneira autoritária, às vezes violenta. Então, elas têm que construir respostas melhores para suas questões. Esta forma de regulação, que nasce de baixo para cima, é pouco conhecida e muito desconsiderada nas políticas públicas”, afirma Magalhães.

Saiba mais sobre o estudo no novo episódio do Podcast Humanamente:

FOTO CEDIDA PELO PROJETO

Sobre o projeto:

O projeto “O direito das favelas no contexto das políticas de regularização fundiária: proposições conceituais, teóricas, metodológicas e políticas” foi aprovado na chamada nº 40/2022 do Edital Pró-Humanidades do CNPq. 

Coordenador: Alex Ferreira Magalhães (UFRJ)

Instituições envolvidas: Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (Conicet) da Argentina, Universidade Cândido Mendes, Universidade de Barcelona, Universidade de Buenos Aires (UBA), Universidade de São Paulo, Universidade Estácio de Sá, Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Nacional da Colômbia – Medellín.

Ficha técnica 

Produção, roteiro e apresentação: Alessandra Ribeiro

Sonorização: Gilberto Vianna

Edição executiva: Washington Castilhos

Assistente de edição: Rodrigo de Oliveira Andrade

Coordenação geral: Luisa Massarani