Antigas fábricas do Rio: mapeamento revela e analisa novos usos

Estudo mapeia remanescentes industriais da cidade do Rio de Janeiro e analisa outros usos dos locais.

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Antigas fábricas do século passado ainda fazem parte do cenário urbano do Rio de Janeiro, lembranças de uma época em que o estado liderava o setor industrial no país.

Com a consolidação da migração do polo industrial para São Paulo, entre as décadas de 1930 e 1950, muitas instalações industriais no Rio de Janeiro foram desativadas e passaram a ter outros usos. Mas no que essas antigas fábricas se tornaram e quais impactos as mudanças geraram para o seu território?

A antropóloga Silvia Borges,  professora da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), no Rio de Janeiro, mapeou 69 remanescentes industriais, das quais 37 foram tombadas como patrimônio cultural, tendo seu histórico resgatado por meio de dados oficiais. As outras 32 não possuíam registros públicos e, por isso, foram catalogadas a partir de fontes alternativas, como reportagens e relatos da comunidade. 

De acordo com os resultados do estudo, 40% das instalações foram convertidas em espaços culturais, como museus e centros de arte; 12% se tornaram áreas de consumo, como shoppings e mercados; 25% foram adaptadas para espaços de trabalho, educação ou residências; e 23% continuam abandonadas.

“Nosso objetivo é resgatar a importância dessa memória industrial que o Rio foi perdendo ao longo do tempo”, explica a pesquisadora.

Saiba mais sobre o projeto neste novo vídeo Humanamente.

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Sobre o projeto:

O projetoRefuncionalização de instalações industriais em espaços da economia criativa: patrimônio industrial e transformação de instalações industriais em espaços culturais, criativos e de consumo na cidade do Rio de Janeiro” foi contemplado na Chamada nº 40/2022, do Edital Pró-Humanidades do CNPq.

Coordenadora: Sílvia Borges Correia, professora da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) – Rio de Janeiro

 Ficha técnica

Roteiro, produção e edição: Paulo Bellardi

Assistente de edição: Rodrigo de Oliveira Andrade

Edição executiva: Washington Castilhos

Coordenação geral: Luisa Massarani