A implementação da Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012) ampliou o número de mulheres negras nas universidades públicas brasileiras. Em 2013, elas representavam 22% dos ingressantes no ensino superior, percentual que subiu para 27% em 2019, de acordo com um levantamento realizado pelo Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais (Cedra) entre 2012 e 2019. Mas, apesar das políticas afirmativas, as mulheres negras ainda enfrentam obstáculos que dificultam a sua formação e, muitas vezes, sua permanência na universidade.
Essa é a constatação de um estudo realizado na Universidade Federal do Ceará (UFC), que investigou as vivências acadêmicas de 30 mulheres autodeclaradas negras e cotistas da instituição, alunas de diferentes áreas do conhecimento e turnos acadêmicos.
Neste novo episódio do podcast Humanamente, entrevistamos a pedagoga Adriana Castro Araújo, professora do Programa de Pós-graduação em Política Pública e Gestão da Educação Superior da UFC e coordenadora do estudo, e a ex-aluna e participante da pesquisa Ana Clara Moraes Rocha, que falam sobre os fatores que impactam diretamente na permanência e no tempo de formação dessas alunas na universidade, como a falta de representatividade e a discriminação racial.
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Sobre o projeto:
O Projeto “Mulheres negras cotistas na universidade” foi contemplado na Chamada nº 40/2022, do Edital Pró-Humanidades do CNPq.
Coordenadora: Adriana Castro Araújo (UFC)
Ficha técnica
Roteiro, produção e apresentação: Paulo Bellardi
Sonorização: Gilberto Vianna
Edição executiva: Washington Castilhos
Coordenação geral: Luisa Massarani