Alternativa solidária à precarização do trabalho digital

Pesquisadores propõem modelo organizacional cooperativista como alternativa ao capitalismo de plataforma.

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Em resposta aos desafios impostos pelo capitalismo de plataforma — modelo de organização econômica baseado na intermediação digital do trabalho, com forte concentração de poder econômico nas mãos de grandes corporações — pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) defendem a “plataformização” solidária como caminho alternativo, baseado na justiça social, democracia e autogestão.

Em um projeto de pesquisa que busca provocar a reflexão e disseminação de informações sobre o cooperativismo de plataforma, eles realizaram ciclos de debates e seminários sobre o tema. Com base nisso, produziram um livro que reúne artigos de diferentes autores sobre o cooperativismo de plataforma, modelo que propõe uma inversão da lógica das big techs — como Uber, iFood e Amazon — , ao colocar o controle das plataformas nas mãos de quem efetivamente realiza o trabalho: “Em vez de algoritmos opacos e decisões centralizadas por acionistas, defende-se a construção de plataformas geridas coletivamente por seus próprios trabalhadores e usuários”, explica o cientista social Ricardo Neder, professor da UnB e coordenador do projeto.

Saiba mais sobre o tema neste novo episódio do podcast Humanamente.

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Sobre o projeto

O projeto E/-COOPLATRAB: Uma Abordagem CTS – Cooperativismo de Plataforma para um Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda no Brasil” foi contemplado na Chamada nº 40/2022, do Edital Pró-Humanidades do CNPq.

Coordenador: Ricardo Toledo Neder (UnB)

Ficha Técnica

Roteiro, produção e apresentação: Stefanie Oliveira

Sonorização: Breno Rodrigues 

Edição executiva: Washington Castilhos

Coordenação geral: Luisa Massarani

Imagem da capa: Freepik