Uma nova perspectiva para as pessoas com deficiência física

Além de cumprir a função de substituir membros ausentes, como braços e pernas, as chamadas próteses transformacionais também atendem às demandas estéticas dos pacientes

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As próteses transformacionais estão redefinindo o conceito de próteses no campo da saúde e da estética. Diferentemente das próteses tradicionais, que têm como objetivo apenas substituir um membro perdido, as transformacionais vão além: são projetadas como peças estéticas e customizáveis, integrando-se à identidade do usuário.

Um estudo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) está inovando o processo de produção de próteses transformacionais ao incluir os pacientes como co-criadores de suas próprias próteses. Eles participam ativamente da produção, escolhendo as cores e os modelos que melhor atendem às suas preferências estéticas.

“O envolvimento do paciente é fundamental para fortalecer sua autoestima, pois ele deixa de ser um receptor passivo e se torna um agente ativo de sua própria transformação”, afirma a arquiteta Monica Tavares, professora da ECA-USP e coordenadora do projeto, que une arte, design, engenharia mecatrônica e medicina para promover não apenas funcionalidade e ergonomia, mas também o bem-estar psíquico dos usuários.

De acordo com os pesquisadores, o custo das próteses produzidas pelo projeto pode ser até 15 vezes inferior ao das próteses tradicionais.

A ideia é ampliar o acesso ao produto a mais usuários. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil realiza aproximadamente 24 mil amputações de membros superiores e inferiores por ano.

Neste novo episódio do Podcast Humanamente, ouvimos a arquiteta Mônica Tavares, a designer Juliana Henno e o médico e engenheiro mecatrônico Chi-Nan Pai, que estão à frente do projeto e nos dão mais detalhes sobre ele.

Imagem cedida pelo projeto

Sobre o projeto:

O projeto “A criação de próteses transformacionais como via para o fortalecimento da autoestima da recepção” foi contemplado na Chamada nº 40/2022, do Edital Pró-Humanidades do CNPq.

Coordenadora: Monica Tavares – Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP)

Ficha técnica

Roteiro, produção e apresentação: Paulo Bellardi

Sonorização: Gilberto Vianna

Assistente de edição: Rodrigo de Oliveira Andrade

Edição executiva: Washington Castilhos

Coordenação geral: Luisa Massarani