Povos tradicionais em trânsito buscam reconhecimento

“Comunidades nômades” da Amazônia são foco de estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA)

Podcasts

Deslocamentos geográficos fazem parte do modo de vida de ribeirinhos, indígenas e quilombolas na região amazônica. Mas isso pode dificultar seu reconhecimento oficial enquanto povos tradicionais e também de seus territórios, uma vez que há uma lacuna na Política Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais quanto a essas movimentações. A constatação é de pesquisadores do Programa de Pós-graduação em Estudos Antrópicos da UFPA, que conduzem um estudo focado nas chamadas “comunidades nômades”.

O projeto propõe que a referida política seja ajustada, com a criação de vínculo legal entre áreas protegidas e ocupações urbanas onde essas comunidades transitam, e abrange visitas de campo a localidades dos estados do Pará, do Amazonas e do Amapá, além de Cabo Verde, na África, com o objetivo de observar as dinâmicas das populações nesses lugares.

Foto: José Guilherme Fernandes

“Fixar territórios como recortes geográficos é não considerar que existem, para além de conflitos pela terra, práticas ancestrais de mobilidade entre regiões e ecossistemas, em razão do extrativismo ou de colheitas sazonais”, explica José Guilherme dos Santos Fernandes, professor da UFPA e coordenador do estudo.

A pesquisa é tema do novo episódio do podcast Humanamente:

Sobre o projeto:

projeto “Comunidades nômades”: movências e multilocalidades espaço-territoriais para sustentabilidade socioambiental e patrimonial na elaboração de políticas públicas em comunidades tradicionais da Amazônia” foi contemplado na Chamada nº 40/2022, do Edital Pró-Humanidades do CNPq. 

Coordenador: José Guilherme dos Santos Fernandes (UFPA)

Conheça também o site do projeto.

 

Ficha técnica 

Roteiro e apresentação: Alessandra Ribeiro

Sonorização: Gilberto Vianna

Edição executiva: Washington Castilhos

Assistente de edição: Rodrigo de Oliveira Andrade

Coordenação geral: Luisa Massarani