O Brasil apresenta intenso e rápido processo de envelhecimento populacional. Estima-se que em 2038 será um país idoso, implicando importantes impactos socioeconômicos, assistenciais e epidemiológicos. Dimensões socioeconômicas, culturais, políticas, técnicas e gerenciais compõem quadro complexo e heterogêneo de determinantes estruturais e intermediários nas condições de vida e processo saúde-doença-cuidado das pessoas idosas, ocasionando vulnerabilidades. Nesse contexto, destacam-se aquelas que vivem sozinhas, emergindo como questão para políticas públicas. Esse projeto tem como objetivo geral analisar os determinantes estruturais e intermediários de vulnerabilidade de pessoas idosas que moram sozinhas em Regiões Metropolitanas do estado de São Paulo, identificando necessidades e demandas para a rede de atenção à pessoa idosa, contribuindo, assim, para formulação de políticas públicas. Estudo transversal, exploratório com métodos quantitativo e qualitativo, com uso de dados secundários e primários. A análise quantitativa utilizará dados do Censo Demográfico 2022 (IBGE) e ELSI-Brasil (FIOCRUZ) sobre população idosa e idosos morando sozinhos: idade, sexo, renda, cor, deficiências e condições habitacionais. Abordagem qualitativa será realizada com dados coletados nos municípios de Jundiaí, Santo André e região central de São Paulo, empregando análise de conteúdo: documentos oficiais das políticas para idosos; grupos focais com agentes públicos e atores sociais do movimento social e organizações não governamentais voltadas à população idosa; e entrevistas semi-estruturadas com idosos que moram sozinhos visando conhecer trajetórias de vida, fragilidades, redes de apoio social e familiar, acesso aos serviços e bens públicos, condições de moradia. As cidades das Regiões Metropolitanas do estado de São Paulo incluídas nessa pesquisa serão Jundiaí, Santo André e São Paulo.