Medicina Indígena e Bem Viver: Políticas Públicas e Desenvolvimento das Populações na Amazônia
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Coordenador Júlio Cesar Schweickardt (FIOCRUZ)
A pesquisa adota uma abordagem participativa, envolvendo diretamente lideranças indígenas e especialistas locais. Além disso, um dos objetivos é produzir catálogos de plantas medicinais e práticas culturais, como artesanato e danças, que fazem parte do sistema de saúde indígena. O projeto também pretende divulgar esses conhecimentos por meio de documentários e seminários, promovendo a valorização e inclusão das práticas indígenas nas políticas de saúde nacionais. A pesquisa ganhou relevância, especialmente durante a pandemia de COVID-19, quando muitos povos indígenas recorreram às práticas tradicionais para lidar com a crise sanitária. O projeto, além de fortalecer o reconhecimento da medicina indígena, visa contribuir para o “bem viver”, um conceito que vai além da saúde física e envolve o equilíbrio cultural e espiritual das comunidades indígenas na Amazônia O projeto visa integrar os conhecimentos da medicina tradicional indígena ao sistema público de saúde, particularmente na região amazônica, promovendo uma valorização das práticas de cura ancestral, como o uso de plantas medicinais e rituais de pajelança. Além disso, o estudo explora a influência dessas práticas sobre o conceito de “Bem Viver”, que abrange não apenas o bem-estar físico, mas também os aspectos culturais e espirituais das populações indígenas. O objetivo é que essas tradições tenham mais visibilidade e sejam incorporadas de forma mais integrada nas políticas públicas de saúde, respeitando e fortalecendo as particularidades de cada povo indígena na Amazônia. Este projeto é um passo importante para promover a equidade no acesso à saúde, respeitando as especificidades culturais e simbólicas desses territórios, e está sendo prorrogado em rede com outras instituições, tanto nacionais quanto internacionais.