Identificando Potencialidades nas Cenas Locais e Subsidiando Políticas Culturais Renovadas para as Principais Cidades Musicais do País
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Coordenador Micael Maiolino Herschmann (UFRJ)
Investigação em rede a ser desenvolvida especialmente por pesquisadores de Comunicação & Música – com a participação de especialistas de diferentes instituições de ensino superior (IES) do país (e também de colaboradores estrangeiros e gestores públicos) – que pretende repensar a relevância e riqueza dos “ecossistemas musicais de pouca visibilidade e/ou quase subterrâneos” (em geral iniciativas fora do radar do poder público de diferentes localidades ou considerada “perigosas” por setores conservadores da sociedade) para o desenvolvimento local sustentável das principais metrópoles com vocações musicais do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife. Tendo em vista que a música é uma “força social movente” e um importante vetor de incremento das estratégicas cadeias criativas (especialmente a do turismo, cultura, gastronomia e entretenimento) do país, busca-se elaborar uma análise comparativa interdisciplinar (inclusive construindo uma interlocução com experiências internacionais) centrada na avaliação da relevância social: a) das iniciativas organizadas por coletivos musicais de rua ou de espaços semipúblicos – muitas delas organizadas por grupos minoritários (em sintonia com a agenda do movimento negro, das mulheres ou de grupos LBGTQIA+) – de grande capacidade de mobilização social (algumas delas apoiadas pontualmente ou perifericamente pelo Estado, mas outras que atuam praticamente de forma clandestina nos espaços urbanos); b) de certas cenas musicais juvenis populares, associada a gêneros e universos culturais considerados “perigosos ou até proscritos”, tais como funk, trap, música eletrônica, hip hop, brega, bregafunk, arrocha, rock e k-pop (isto é, bastante criticados nos enunciados jornalísticos e por segmentos conservadores). Do ponto de vista teórico-metodológico a proposta neste projeto em rede é construir e analisar comparativamente “cartografias das controvérsias” de “múltiplas territorialidades pouco visíveis” (que envolvem produção, experimentação, circulação e consumo musical) sejam essas predominantemente realizadas nos espaços urbanos e/ou em ambientes virtuais (em suas múltiplas conexões, articulações e desdobramentos).