Desenvolvimento de Plataforma Digital Aplicada ao Turismo de Natureza em Comunidades Rurais Negras na Chapada Diamantina, Bahia
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Coordenador Fábio Pedro Souza de Ferreira Bandeira (UEFS)
O desenvolvimento turístico da Chapada Diamantina tem se baseado em um modelo muito mais de turismo de aventura, onde as paisagens naturais e culturais representam apenas um pano de fundo para a realização de uma experiência contemplativa e sensorial, contudo, menos informada cientificamente. O desafio do projeto é promover ações que reduzam as pressões sobre os ecossistemas da APA Marimbus-Iraquara, demonstrando que alternativas assentadas no turismo de natureza e de base comunitária, com uso de plataforma digital, são viáveis e replicáveis em outras Unidades de Conservação e comunidades negras rurais. Para tanto, será desenvolvida uma plataforma digital com duas entradas para usuários distintos: uma gratuita para os guias, pesquisadores e turistas e; outra para anunciantes, a ser monetizada em benefício da comunidade. Para construção da base de dados que integrará a plataforma serão realizados inventários biológicos e etnobiológicos da biodiversidade e do patrimônio cultural bem como o seu mapeamento participativo mediante a construção de Sistemas de Informação Geográfica que integrem o conhecimento científico e tradicional, com uso de imagens de satélite e mapas mentais do território. Como resultados do projeto espera-se: 1) promover o turismo local, gerando o aumento da renda da comunidade, não apenas com a monetização da plataforma mas, sobretudo, pelo aumento da demanda por serviços turísticos; 2) estimular a inovação e mobilizar a exploração pela comunidade das potencialidades locais, incrementando a conservação ambiental e a qualidade de vida; 3) ampliar a divulgação da Chapada Diamantina a partir do aumento crescente do número de usuários da plataforma; 4) produzir conhecimento científico sobre a biodiversidade e o patrimônio biocultural da Apa, para publicação como guias e encartes destinados aos visitantes e escolas da rede pública. Espera-se também promover o turismo científico, e dar subsídios para modificar a percepção da comunidade, do poder público, e dos agentes econômicos locais sobre a necessidade de proteção da APA.