Assessoria Técnica Situada em Territórios Populares sobre Conflitos Socioambientais: Elaboração Coletiva de Diretrizes Urbanísticas/Ecológicas Mais Justas e Inclusivas

Coordenadora Marcela Silviano Brandão Lopes (UFMG)

Esta proposta é um desdobramento de projetos de pesquisa e projetos de extensão inseridos no Programa Natureza Política, sediado na Escola de Arquitetura da UFMG. Todas as atividades de investigação desenvolvidas nesses projetos estão articuladas ao debate sobre processos de intervenções em territórios populares sob conflitos socioambientais, com foco na Assessoria Técnica Popular e suas formas de interlocução e negociação entre os saberes técnicos/acadêmicos e os saberes populares, tendo como horizonte a elaboração coletiva de diretrizes urbanísticas/ecológicas mais justas e a ativação e/ou fortalecimento de práticas biointerativas (Antônio Bispo) e regenerativas do lugar “como suporte da existência orgânica em comum” (Krenak) e de uma interação multiespecífica. Apesar da atuação local (Município de Belo Horizonte) e próxima às pessoas, as dimensões regional e da bacia hidrográfica sempre foram incorporadas às discussões e ações, o que permitiu a identificação de desafios importantes a serem superados, tais como: como preservar áreas degradadas socioambientalmente sem excluir a população mais pobre que habita ali? Como transformar o imaginário urbano vigente, a partir, não apenas dos conhecimentos acadêmicos e técnicos ecologicamente justos, mas também de práticas e ecologias do cuidado já presentes nos territórios? Diante disso, surgem alguns questionamentos: Qual seria o papel da assessoria técnica diante da capitalização da ‘vida terrena’ conformada por uma multiplicidade de ‘arranjos multiespécies’ (Haraway, Tsing)? Como os instrumentos cartográficos, de interlocução e negociação entre saberes técnicos/acadêmicos e populares podem provocar a positivação e a legitimação das rexistências em curso?

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