60 Anos da Coleção de Arte Africana no MNBA: Fortalecendo Identidades

Coordenadora Ana Teles da Silva (IBRAM)

Este projeto pretende analisar a trajetória e o lugar que a coleção de Arte Africana no Museu Nacional de Belas Artes [doravante MNBA] ocupou nos 60 anos desde sua aquisição e fornecer subsídios para o setor educativo e o museu, como um todo, para promoção de maior visibilidade e representatividade desta coleção. Neste sentido, o projeto apresentado visa lançar um novo olhar para coleção de Arte Africana do MNBA, 60 anos após a sua aquisição. Percurso marcado por grandes transformações sociais, políticas, econômicas e culturais, que nos permitem vislumbrar outras questões em relação a esse acervo, que é formado por 110 objetos artísticos, oriundos de vários países do continente negro africano, relacionando-os a construção da identidade do povo brasileiro. Torna-se premente e necessária sua reavaliação, especialmente, diante das novas reivindicações advindas da sociedade civil que resultaram em leis e medidas públicas que visam a isonomia de direitos e esses passam também, pelo reconhecimento e o tratamento valorativo de suas origens. São metas não apenas nacional, mas de âmbito mundial dentro dos compromissos assumidos pelos países signatários da agenda 2030. Perspectiva que possibilitará outras leituras e posturas da instituição e da própria sociedade Dessa forma propomos uma revisão das informações da coleção em si, bem como análise da trajetória desta coleção no MNBA visando compreender o lugar que esta ocupou no que tange a sua (in)visibilidade e aos tratamentos expositivos recebidos; enquanto objetos etnográficos, origem das matrizes culturais brasileiras ou obras de Arte. Através desse processo discutira-se sobre os conceitos de arte veiculados por um museu, que tem papel preponderante na guarda do patrimônio artístico nacional, que deveria ser representativa das diversidades étnicas e culturais da sociedade brasileira. A partir disso, poderá se refletir sobre a diversidade de representações de artistas não brancos e não europeus em museus de arte.

Assista ao vídeo aqui