UFBA forma primeira turma de pós-graduação em Teatro do Oprimido

Iniciativa pioneira está capacitando profissionais para promover mudanças sociais por meio de metodologia dramatúrgica criada pelo diretor de teatro Augusto Boal durante a ditadura no Brasil

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A Universidade Federal da Bahia (UFBA) está na fase final de formação da primeira turma de pós-graduação em Teatro do Oprimido no Brasil. O curso teve início em janeiro de 2024 e tem como objetivo capacitar profissionais interessados em utilizar a metodologia dramatúrgica como ferramenta de transformação social nos contextos acadêmicos e comunitários em que atuam, promovendo reflexão crítica e questionamento das dinâmicas de poder e opressão em suas realidades.

Com formação prevista para julho de 2025, a turma é composta por 43 alunos de todo o país com formações acadêmicas diversas, incluindo nutricionistas, psicólogos e professores da rede pública.

De acordo com Antônia Bezerra, dramaturga e professora da UFBA, o curso está formando agentes multiplicadores mais preparados para lidar com questões de gênero, raça, identidade, meio ambiente e sustentabilidade.

“Acreditamos que, ao encenar e explorar as experiências de opressão e injustiça, podemos capacitar tanto os participantes quanto o público, transformando-os em agentes ativos na transformação de suas realidades”, ressalta Bezerra.

O projeto também inclui a criação de um laboratório de experimentações e vivências artísticas, ampliando seu impacto em políticas públicas e movimentos sociais. Também está prevista a publicação de um livro e a produção de um documentário, os quais registrarão as experiências e os trabalhos desenvolvidos ao longo do curso.

Saiba mais sobre o projeto neste novo Podcast Humanamente. Ouça aqui. 

Sobre o projeto:

O projeto “Projeto estruturante de formação em teatro do oprimido: práticas político-pedagógicas” foi contemplado na chamada nº 40/2022, do Edital Pró-Humanidades do CNPq.

Coordenadora: Antônia Pereira Bezerra (UFBA)

 

Ficha técnica

Roteiro e produção: Paulo Bellardi

Assistente de edição: Rodrigo de Oliveira Andrade

Edição executiva: Washington Castilhos

Coordenação geral: Luisa Massarani