Termelétricas aproveitam resíduos da indústria de celulose para gerar energia

A promoção da sustentabilidade e a melhoria da imagem empresarial são as principais motivações para a adoção de práticas de economia circular pelas usinas termelétricas brasileiras. Economia circular é um modelo econômico baseado na redução do uso, reutilização e reciclagem de recursos naturais. Mas a falta de apoio governamental aparece como o principal desafio enfrentado pelas empresas para implementar tais práticas.

As constatações são de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Eles analisaram 32 usinas termelétricas brasileiras para avaliar sua integração – ou simbiose industrial – com o setor de base florestal, como a indústria de celulose e papel.

“As indústrias de celulose geram volumes consideráveis de licor preto, um subproduto usado nas próprias plantas industriais para geração de calor e energia elétrica”, explica Flávio Simioni, professor do Departamento de Engenharia Ambiental e Sanitária da Udesc e coordenador da pesquisa. O setor de base florestal é autossuficiente na produção de quase 90% da energia que consome. O excedente dos resíduos, que incluem ainda madeira, lenha e serragem, é repassado às termelétricas para geração de eletricidade pelas usinas.

Ouça aqui o novo episódio do Podcast Humanamente e saiba mais sobre o estudo.