Maria Josephina se formou na primeira turma do curso de serviço social, em 1940, mesmo ano em que concluiu o curso de história e geografia. Apesar de ter feito grande parte de sua carreira na área de políticas urbanas e habitacionais, sua primeira experiência de estágio se deu no Juizado de Menores, vinculado ao Ministério da Justiça, em 1939.
Em 1940, quando ainda estudava inglês no Instituto Brasil Estados Unidos (IBEU), soube de uma bolsa de estudos para serviço social na New York School of Social Work — primeira escola de serviço social, fundada em 1889 —, na Universidade de Columbia. O contexto era o da Política da Boa Vizinhança dos Estados Unidos, durante a qual o presidente Franklin Roosevelt (1882-1945) designou Nelson Rockefeller (1908-1979) como coordenador do recém-criado Office of Inter-American Affairs. Uma das funções do organismo era promover o intercâmbio científico, oferecendo bolsas de estudos nos Estados Unidos.
Josephina Albano conseguiu a bolsa e se mudou para os Estados Unidos em 1941 para cursar o mestrado na New York School of Social Work. Lá, fez estágios junto às populações imigrantes, como os porto-riquenhos e outros grupos que recebiam assistência pública, conheceu a teoria e a prática profissional do serviço social nos Estados Unidos, e tornou-se a primeira assistente social brasileira a estudar e obter o título de mestre naquele país, em dezembro de 1942.
A formação que recebeu nos Estados Unidos influenciou sua prática profissional e docente. “É na reunião dessas duas esferas que ela irá desenvolver seu trabalho, estabelecendo-se como uma referência internacional à medida que questões urbanas, habitacionais e sobre a pobreza se institucionalizam em congressos e nos objetivos propostos por instituições pan-americanas e multinacionais, incluindo a OEA e a ONU”, destaca o pesquisador.
Josephina Albano voltou ao Brasil em janeiro de 1943 para trabalhar na Legião Brasileira de Assistência (LBA) até 1947, quando foi convidada para trabalhar na ONU como assessora do governo de Filipinas na formação e treinamento de pessoal para organizar programas de bem-estar social, pesquisa social e supervisão de programas sociais no contexto de reconsrução daquele país no pós-guerra.
Essa foi somente a primeira de várias experiências profissionais em órgãos internacionais para consultoria, gestão ou formulação de políticas públicas. Segundo reportagem publicada no jornal Tribuna da Imprensa em 23 de setembro de 1952, a assistente social foi nomeada chefe da seção de Serviço Social da divisão de Assuntos Sociais e do Tabalho da União Pan-Americana, atual OEA, em Washington, em dezembro de 1959, tornado-se responsável pela mobilização de recursos sociais, organização de centros sociais, supervisão e organização de programas de treinamento de pessoal.