Os reflexos da pandemia na educação infantil

Durante a pandemia de Covid-19, as escolas precisaram passar por adaptações no ensino, como por exemplo, passar as aulas do formato presencial para o on-line. Na teoria, essa seria a solução,  mas e na prática?  É possível dar aulas virtualizadas para alunos de zero a cinco anos? Quais foram os obstáculos enfrentados pelos professores, alunos e famílias durante esse período?

Pesquisadoras da Fundação Carlos Chagas (FCC) buscaram responder essas perguntas por meio de um estudo, no qual analisaram a visão de professores sobre as orientações da Prefeitura de São Paulo, do governo estadual e da União referentes à continuidade do ensino durante a pandemia e à implementação dessas diretrizes. Em pesquisa anterior, realizada no primeiro semestre de 2020 e que deu origem ao estudo atual, a equipe coletou dados de 14 mil professores da educação básica por meio de um survey, distribuídos em todas as regiões brasileiras. Destes, 1.758 tinham sua maior jornada de trabalho na educação infantil.

A partir daí, as pesquisadoras analisaram legislações e normativas emitidas pelos três entes federativos, entre março de 2020 e julho de 2021, revisaram a literatura acadêmica e relatos de experiências publicados sobre educação durante a pandemia, e realizaram um grupo focal com professoras da rede municipal da capital paulista.

“As pessoas achavam que bastava transpor aquilo que se fazia presencialmente para o ambiente virtual, mas isso não deu certo. Além de questões estruturais, as professoras reportaram dificuldades em como lidar com as novas tecnologias”, afirma Cláudia Pimenta, professora da rede estadual de ensino de São Paulo e coordenadora do estudo. 

Saiba mais detalhes sobre o estudo neste novo episódio do podcast Humanamente. Ouça aqui.