A presente pesquisa, em rede, perscruta a reforma do ensino médio (Lei nº 13.415/2017) no tocante às dimensões de Conhecimentos Científicos e de Processos Formativos, vinculadas ao ensino de Geografia (Campo das Ciências Humanas), procurando verificar nas políticas das Secretarias de Educação: a carga horária, conteúdos curriculares (BNCC), propostas curriculares, estruturas formativas e de pessoal, e seus desdobramentos nas ações de formação continuada de professores de Geografia.
A hipótese inicial é que a transposição de horas Conhecimentos Científicos para horas Itinerários Formativos reduziu elementos curriculares da Geografia e promoveu novas demandas formativas dos professores, bem como a potencial redução/diferenciação de oferta de itinerários formativos de acordo com as estruturas das redes públicas.
Propõe-se o processo de investigação a partir de duas frentes: a) análise documental de dispositivos legais, propostas e programas das redes públicas de ensino; b) consolidação de entrevistas com dirigentes nos diversos estratos das secretarias de educação: i) Secretarias, Diretorias Educacionais e ou Regionais, Coordenações e Supervisões Pedagógicas); ii) assessores educacionais/pedagógicos que propuseram a consolidação de propostas e implementação de projetos de formação continuada; iii) grupos focais de professores que estiveram ou não em programas de formação continuada.
A análise da implementação da “Reforma do Ensino Médio” nas redes públicas (redução/diferenciação, carga horária, propostas curriculares, formação continuada etc.) serão realizadas a partir de padrão amostral de municípios, segundo os perfis demográficos e inserção na malha hierárquica urbana dos estados, considerando a) pequenos municípios: i) rurais; ii) vinculados às aglomerações urbanas, e iii) regiões metropolitanas; b) municípios proto médios (50 a 100 mil) nas mesmas configurações de inserção na malha hierárquica urbana; c) médio (cidades médias); d) metropolitanos e ou capitais.
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