Dancing Simply Together (DAST): Explorando as Conexões e os Fluxos entre Dança e Complexidade
Coordenadora Adriana de Faria Gehres (UPE)
DAST é uma pesquisa sobre relações e produção de diferenças (DELEUZE, 2018), com danças nas sociedades contemporâneas, profundamente marcadas pelas relações entre humanos e não-humanos que vêm se aprofundando na produção de semelhanças. Atualmente, os processos de criação em dança baseados em princípios organizativos (LESTE, 2010), promovem condições propícias para explorar a multiplicidade dos corpos num coletivo, baseadas nos processos complexos e no sentido de togetherness (TSENG, et. al., 2021). No campo da produção e ensino da dança, observa-se o interesse pela improvisação com populações treinadas e não treinadas, em situações que remetem à arte, educação, saúde e ao lazer. Os estudos dos processos neurais em dança têm apontado para a composição de uma área denominada de neuroestética (ZEKI et. al., 2020). Esse projeto se propõe a problematizar as relações entre processos de criação, ensino de dança com diferentes populações em ambientes de arte, saúde, lazer e educação, na ótica das redes funcionais cerebrais dinâmicas, entendidas como sistemas complexos que co-produzem corpos dançantes e sociedades potencialmente comprometidas com a produção das diferenças. Nossa hipótese a ser testada prende-se com a criação e produção de procedimentos de criação e ensino de dança com a improvisação, em situação atual e virtual, com e sem a avaliação de redes funcionais cerebrais, na produção das danças, a partir dos Agent Based Models (CHAUDHRY, 2016), compreendidos com os sistemas complexos, que apontam para uma ética do encontro, uma política de co-produção, gerando danças, estéticas e poéticas auto-organizadas, dança generativa. O estudo se caracteriza como um estudo de abordagem mista de estratégia transformadora com triangulação concomitante (CRESWELL, 2007). Assim, DAST surge pela necessidade de amplificar a discussão acadêmica, para um melhor entendimento ético e político da dança generativa e compreender a dinâmica da conectividade funcional na dança coletiva.
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